Sintasa abandona reunião por não incluir pauta financeira no debate do Acordo Coletivo

O Sindicato dos Trabalhadores da Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) se retirou, na tarde desta quinta-feira, 24, da mesa de negociação com representantes da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Secretaria de Estado da Administração (SEAD). O motivo: a ausência de debate sobre as cláusulas financeiras do Acordo Coletivo de Trabalho.

Segundo o presidente do Sintasa, Janderson Alves, a reunião foi convocada para apresentar a devolutiva da proposta do novo acordo coletivo aos trabalhadores. No entanto, logo no início do encontro, foi informado que apenas as cláusulas sociais seriam discutidas. A pauta financeira — que trata de benefícios como o auxílio alimentação — ficaria para depois.

Para o sindicato, isso representa uma falta de respeito com a categoria. “O Sintasa luta por todos os trabalhadores, independentemente do vínculo empregatício. Não aceitamos discutir apenas parte da proposta”, afirmou Janderson.

Entre os principais pontos de discordância está a desigualdade no pagamento do auxílio alimentação. Enquanto servidores de livre provimento recebem R$ 610, profissionais como os trabalhadores QPS e estatutários não são contemplados com o benefício desde sua implementação, em janeiro de 2022.

O presidente do Sintasa deixou claro que o sindicato só avançará nas negociações quando a minuta do acordo coletivo de trabalho for apresentada na íntegra, com cláusulas sociais e financeiras. “A data-base dos trabalhadores é 1º de maio. Não dá para continuar protelando o que é direito da categoria”, destacou.

Após comunicar sua posição, o Sintasa se desculpou com os demais presentes e abandonou a reunião. Agora, o sindicato aguarda que a gestão convoque um novo encontro, desta vez com a pauta completa, para que possa convocar a categoria para uma Assembleia Geral.

“A proposta foi protocolada pelo Sintasa no início de março. E agora, mais de um mês depois, a gestão nos chama para tratar apenas de uma parte do que foi solicitado. Não aceitamos isso”, concluiu o presidente.

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